Janio Lima
Um garotinho sentado no silêncio inicial da vida
Brincando com as cigarras cantantes do final de tarde
Catando frutinhas sobre o capim esverdeado.
Sorrindo às vezes com as firulas dos saguins nas árvores.
Levante
Um dia acordaremos
E depois do sono profundo a realidade se fará outra.
Um dia os primeiros raios de luz ofuscarão em seus olhos
As gotas de orvalho de uma manhã doce escorrerão entre
Seus dedos dos pés. Você vai olhar para frente e seguir
Em direção ao oriente e lá poderá gritar de calafrio.
Um dia você vai acordar e do nada vai abrir a janela
E assistir a grande marcha para o oriente. Estenderá
Sua visão para 10 mil quilômetros à frente e atrás
E não verá nada além de pés marchando, uma grande
Marcha, e então ouvirão sussurros e gestos marchando
Para o oriente.
No meio do caminho a chuva cairá fina e lentamente sob as cabeças
E fará poças rasas onde se sujarão os meninos pobre
De cada nação. O que era disperso vai se tonando solido.
Não a motivo para se cantar apenas uma vez, gritar apenas um grito,
Dançar apenas um coro, insultar apenas um canalha vamos em frente
Marchando até o oriente que lá o levante se fará constate.
Um dia acordaremos completamente
A luz de uma ideia distante iluminará nossa mente
O sol aquecerá nossas vertentes e toda cidade cantara o hino
Feito para o planeta inteiro, para todos, cantara em coro
O hino da liberdade, o hino do levante, o hino a caminho do oriente.
E todos marcharão contente para o esplendor de uma conquista pós outra.
E então derrubaremos as velhas formas de domínio
Os velhos medos,
Os velhos gritos de guerra,
As velhas lutas que se fizeram inútil ao longo dos anos,
A velha sede insaciável.
Desvendaremos um novo jeito de bradar
Daí se levantará todos àqueles que dormiram além da conta.
O oriente despertara se todos marcham
Marchem para o oriente!
Marchem para o oriente !