Solidão ao Luar
Invado a noite fria e quieta de andar estreito,
Quebro o silêncio nostálgico desta escuridão
Onde os sons evasivos são sombras do peito
Quebrados por um poema desta dimensão.
Desafio o olhar triste que a lua me oferece
Declamando-lhe um verso de amor perdido.
Seu rosto encandeia-se à medida que cresce
O desgosto da paixão que lhe é agora erguido.
E no silêncio nostálgico da escuridão,
de ar melancólico responde baixinho:
- Estou só, nunca soube o que é amar,
Vivo aprisionada nestas noites vadias.
Ouço os teus e mil outros desabafos,
Ilumino a alma que me aclama e enlaça
Pena é... ser breve o ensejo de quem passa.
de Maria Rosa dos Santos Alves
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