Cristo me inquieta
Cristo me inquieta!
A sua luminosidade me invade,
O seu amor me desperta.
Sinto vibrar as cordas do Universo:
Em cada olhar de criança,
Na música,
Em cada poema.
Há 'aleluias' nas mãos que buscam
repetir os seus gestos:
Mãos que curam,
Protegem,
Libertam,
Que resistem à falsa órdem.
A sua voz ressoa nas bocas que
Dizem "não" às injustiças,
Que militam pela humanidade,
Falando por aqueles que não podem.
Bem como, nas bocas daqueles que
se comprometem com a complexidade
Das variadas verdades que existem.
─ Bem-aventurados aqueles
que plantam esperança,
Pois eles beberão
do vinho o contentamento e
comerão o pão da bonança.
─ Igualmente bem-aventurados
aqueles, cujas bocas cheias de amor,
beijam, e cujos corpos, vivificados pelo desejo,
amam como quem apascenta rebanhos.
As suas taças, de cristal e ágata,
jamais se esvaziarão!
Cristo me inquieta!
Suas palavras fazem sentido
dentro das minhas células.
Eis a minha prece:
─ Amado, eu não sou fora de ti,
Vivo e morro por ti,
Com maior volúpia e paixão
que os amantes mais febrís!
Vejo, pelos olhos do Cristo,
Erguer-se em busca de sol,
Por entre os espinheiros da descrença,
Frágeis plantas que serão,
Um dia, árvores de harmonia e de resiliência.
Alimento tudo o que quer crescer!
Vejo também os animais livres:
Os pássaros cantando felizes,
Cães, gatos bois, coelhos,
carneiros, onças, peixes, perdizes...
Tudo o que vive celebra
O fim da era de sangue e violência.
Vejo os homens, com amor,
Semeando a terra que, agradecida,
Oferta a si mesma
por meio dos elementos/alimentos
que a representam.
Não sei bem explicar como é isso,
Mas estou certa de que é o Cristo,
É ele! A Letra Bendita que
escreveu o mundo.
É ele! Comandando ritos,
Despertando no meu abissal
mitos antigos.
Estou pronta para o Juízo,
Que não é o Final, mas,
prelúdio, promessa, (re)início.
Observo a tudo isso sem medo:
Assombro e deslumbramento.
Compreendo que
Não existe morte e nem vida isolados,
Existem apenas momentos:
Em alguns morremos,
Noutros vivemos,
Tudo em fluxos (des)contínuos.
A semente de Deus está em nós,
Prenhe de eternidade,
Buscando metamorfoses
Ad infinitum...
A sua luminosidade me invade,
O seu amor me desperta.
Sinto vibrar as cordas do Universo:
Em cada olhar de criança,
Na música,
Em cada poema.
Há 'aleluias' nas mãos que buscam
repetir os seus gestos:
Mãos que curam,
Protegem,
Libertam,
Que resistem à falsa órdem.
A sua voz ressoa nas bocas que
Dizem "não" às injustiças,
Que militam pela humanidade,
Falando por aqueles que não podem.
Bem como, nas bocas daqueles que
se comprometem com a complexidade
Das variadas verdades que existem.
─ Bem-aventurados aqueles
que plantam esperança,
Pois eles beberão
do vinho o contentamento e
comerão o pão da bonança.
─ Igualmente bem-aventurados
aqueles, cujas bocas cheias de amor,
beijam, e cujos corpos, vivificados pelo desejo,
amam como quem apascenta rebanhos.
As suas taças, de cristal e ágata,
jamais se esvaziarão!
Cristo me inquieta!
Suas palavras fazem sentido
dentro das minhas células.
Eis a minha prece:
─ Amado, eu não sou fora de ti,
Vivo e morro por ti,
Com maior volúpia e paixão
que os amantes mais febrís!
Vejo, pelos olhos do Cristo,
Erguer-se em busca de sol,
Por entre os espinheiros da descrença,
Frágeis plantas que serão,
Um dia, árvores de harmonia e de resiliência.
Alimento tudo o que quer crescer!
Vejo também os animais livres:
Os pássaros cantando felizes,
Cães, gatos bois, coelhos,
carneiros, onças, peixes, perdizes...
Tudo o que vive celebra
O fim da era de sangue e violência.
Vejo os homens, com amor,
Semeando a terra que, agradecida,
Oferta a si mesma
por meio dos elementos/alimentos
que a representam.
Não sei bem explicar como é isso,
Mas estou certa de que é o Cristo,
É ele! A Letra Bendita que
escreveu o mundo.
É ele! Comandando ritos,
Despertando no meu abissal
mitos antigos.
Estou pronta para o Juízo,
Que não é o Final, mas,
prelúdio, promessa, (re)início.
Observo a tudo isso sem medo:
Assombro e deslumbramento.
Compreendo que
Não existe morte e nem vida isolados,
Existem apenas momentos:
Em alguns morremos,
Noutros vivemos,
Tudo em fluxos (des)contínuos.
A semente de Deus está em nós,
Prenhe de eternidade,
Buscando metamorfoses
Ad infinitum...
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