O Viajante e a Estrada Quase Infinita

Dirijo na estrada e dificultam minha chegada,

Impondo destinos, pontos novos,

Rotas que são grilhões que me impedem.

Valores religiosos limitam auroras,

Valores moralistas, dúbias verdades,

Se tornam neblina na frente do veículo.

 

Mas sigo persistente, olho a estrada,

Dirijo rumo a novos horizontes sem recuar.

Os dias terminam com incômodos,

Mas como águia astuta, nada me para.

Neste volante, nada me detém,

Viverei em alta intensidade.

 

Expugnarei demônios, rumo à nova aurora,

Me rebelo contra o imposto.

Percorri longa estrada, obstáculos,

Placas errantes, paradas dúbias,

Mas permaneço firme em minha direção.

 

Desejo ver todas as coisas do mundo,

Sabores que adoçam as cidades,

Lugaras que encham os olhos,

Falas fora do caminho habitual,

Soturnos dias transformados em iluminados.

Sou lobo uivante, longe da alcateia,

Em busca de novas praias e vales,

Viajante a explorar novas realidades,

Na estrada quase infinita, sigo todas as manhãs.

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