A gente vai embora
Enfim, chega o dia.
A gente nasce, a gente chega ao mundo.
E um dia a gente vai embora. Quando a gente briga com alguém, a gente vai embora.
Um dia de cada vez, com amigos, parentes, colegas de escola ou de trabalho, quantas despedidas fizemos com o silêncio e o descaso pela dor do outro?
Cometemos suicídios afetivos.
A gente vai embora quando não pede desculpa.
Fazemos despedidas tácitas.
Vamos em nosso barco sem acenar aos pais, aos irmãos, aos filhos, aos amigos. O barco segue seu rumo ao horizonte vazio.
Alguém que tentou nos amar e não teve retribuição. Alguém que nos procurou em busca de uma palavra e nesse momento ainda está só.
Sem perceber, um dia após o outro, a gente vai embora em doses pequeninas. A gente simplesmente se vai.
Lembrar de alguém e deixar para o dia seguinte, não cumprimentar as pessoas, desdenhar da alegria alheia, depreciar um conselho, não reconhecer um gesto, a gente sempre dá um jeito de ir embora.
Enfim, chega a noite.
A gente nasce, a gente chega ao mundo.
E um dia a gente vai embora. Quando a gente briga com alguém, a gente vai embora.
Um dia de cada vez, com amigos, parentes, colegas de escola ou de trabalho, quantas despedidas fizemos com o silêncio e o descaso pela dor do outro?
Cometemos suicídios afetivos.
A gente vai embora quando não pede desculpa.
Fazemos despedidas tácitas.
Vamos em nosso barco sem acenar aos pais, aos irmãos, aos filhos, aos amigos. O barco segue seu rumo ao horizonte vazio.
Alguém que tentou nos amar e não teve retribuição. Alguém que nos procurou em busca de uma palavra e nesse momento ainda está só.
Sem perceber, um dia após o outro, a gente vai embora em doses pequeninas. A gente simplesmente se vai.
Lembrar de alguém e deixar para o dia seguinte, não cumprimentar as pessoas, desdenhar da alegria alheia, depreciar um conselho, não reconhecer um gesto, a gente sempre dá um jeito de ir embora.
Enfim, chega a noite.
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