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José António de Carvalho
José António Ribeiro de Carvalho, nasceu a 26 de janeiro de 1964, na freguesia de Vermoim, onde reside.
Sempre teve gosto pela escrita.
Autor do livro de poesia e fotografia "Sente, Logo Vives e Sonhas".
Participou em mais de cinco dezenas de Antologias e Coletâneas poéticas.
1964-01-26 Vermoim, Vila Nova de Famalicão
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FECHA-SE A PORTA, ABRE-SE A JANELA
(Antologia QUARENTENA - CHIADO EDITORA)
FECHA-SE A PORTA, ABRE-SE A JANELA
Abandonados aos nadas da vida
A cumprir esta dura quarentena,
Dura forma de vida, enegrecida,
Que desfaz todo e qualquer preconceito.
E pensar se assim é que vale a pena
Ou se antes é que era bom, com efeito.
O caminho até aqui bem nos mostra
Que o Homem é como um outro ser qualquer…
E se for para viver como uma ostra
Ou pra andar aqui a dormir como um gato,
Qualquer dia desatino de facto,
Ou ainda terei alguém que mo vai dizer.
Mesmo estando nesta guerra escondidos,
Mas que o inimigo nos vê por inteiro,
Segue os nossos passos desprotegidos…
Oh minh’ alma exausta, exposta ó desgaste,
Nem calculas o susto que pregaste
P’la falta da luz do teu candeeiro.
Ainda assim vejo p'la minha janela
Que o sol, o mar e os campos estão aí,
Que sorriem como outrora. Mas ela,
Confinada, oh... que vida torturada!
Triste como leoa acorrentada,
Numa ténue esperança ainda sorri!
José António de Carvalho, 27-abril-2020
FECHA-SE A PORTA, ABRE-SE A JANELA
Abandonados aos nadas da vida
A cumprir esta dura quarentena,
Dura forma de vida, enegrecida,
Que desfaz todo e qualquer preconceito.
E pensar se assim é que vale a pena
Ou se antes é que era bom, com efeito.
O caminho até aqui bem nos mostra
Que o Homem é como um outro ser qualquer…
E se for para viver como uma ostra
Ou pra andar aqui a dormir como um gato,
Qualquer dia desatino de facto,
Ou ainda terei alguém que mo vai dizer.
Mesmo estando nesta guerra escondidos,
Mas que o inimigo nos vê por inteiro,
Segue os nossos passos desprotegidos…
Oh minh’ alma exausta, exposta ó desgaste,
Nem calculas o susto que pregaste
P’la falta da luz do teu candeeiro.
Ainda assim vejo p'la minha janela
Que o sol, o mar e os campos estão aí,
Que sorriem como outrora. Mas ela,
Confinada, oh... que vida torturada!
Triste como leoa acorrentada,
Numa ténue esperança ainda sorri!
José António de Carvalho, 27-abril-2020
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