AurelioAquino

AurelioAquino

Deixo-me estar nos verbos que consinto, os que me inventam, os que sempre sinto.

1952-01-29 Parahyba
198642
10
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eletrocardiograma

nenhuma agulha
discursará meu pulso

na proporção do amor

na pauta do meu susto
nem se dirá nervosa
apesar do meu soluço
antes se queira rosa

de todo esse meu uso
porque mecânica

na sua estadia avara

poupe meu coração

da brutalidade da máquina.
 
nenhum coração

de propriedade tão exata
restará na ponta da agulha
nessa estranha matemática
que reduz meu peito impune
a se fazer de tão frequente
que me jogue as emoções
pelo vão incauto dos dentes.
 
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