Rui Pereira
Escrevo por necessidade de por cá fora os sentimentos. É a minha terapia, esperando ser a terapia de outros que se reconheçam.
1966-05-24 São Francisco
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Malandrice
Num espaço de tempo infindável
No seu regresso a casa
O diabo voava sobre Alcochete,
Já cansado mas ainda maquiavélico.
Por entre as nuvens, onde se escondia,
Vieram eflúvios de amantes puros,
Ele desceu, sentou-se no rosto do rei
Respirou fundo e riu-se na sua dimensão,
Sem que ninguém o ouvisse, da pureza vista.
A maldade tem sempre tanto de curiosidade,
Olhou os corpos, vislumbrou as auras.
Fogo e chamas, ele sabe bem o que é.
Sobre o casal em fusão, acrescentou o seu dom,
Soprou e atiçou. Pôs mais pinhas.
Depois com a faca, ao momento alto,
Separou o fogo en dois, por recipientes,
Que deixou perto um do outro mas intocáveis.
O riso no olhar e contente da experiência,
O peito cheio e alegre da maldição feita
O diabo voltou nas suas asas ao seu crepúsculo habitáculo.
No seu regresso a casa
O diabo voava sobre Alcochete,
Já cansado mas ainda maquiavélico.
Por entre as nuvens, onde se escondia,
Vieram eflúvios de amantes puros,
Ele desceu, sentou-se no rosto do rei
Respirou fundo e riu-se na sua dimensão,
Sem que ninguém o ouvisse, da pureza vista.
A maldade tem sempre tanto de curiosidade,
Olhou os corpos, vislumbrou as auras.
Fogo e chamas, ele sabe bem o que é.
Sobre o casal em fusão, acrescentou o seu dom,
Soprou e atiçou. Pôs mais pinhas.
Depois com a faca, ao momento alto,
Separou o fogo en dois, por recipientes,
Que deixou perto um do outro mas intocáveis.
O riso no olhar e contente da experiência,
O peito cheio e alegre da maldição feita
O diabo voltou nas suas asas ao seu crepúsculo habitáculo.
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