Descanso
Sumirei também assim,
Como nebulosa
Verei o infinito
E o tocarei com
A palma das mãos.
Apagarei vestígios de vida
Nesta matéria
Que agora move-se
Como corpo meu.
As incertezas sumirão
bailando
Como curvas do ar.
Queimando cada fagulha
De existência
Que em mim seja permanência,
E enfim
Não mais serei.
O partir será sem volta
O sumiço será resposta
Minha matéria inundando de um nada
cálido.
Levarei comigo as catástrofes internas
As tempestades e aventuras
As amarguras por sua vez, virão,
Sumirão.
Serão tão efêmeras suas estadias
Serão tão efêmeras suas estadias
celestiais
Pois seguirão o rastro de meu destino,
Se apagarão.
Dia a dia
Se esconderão
Num recôndito secreto e
inalcançável.
E lá, estarei eu.
E lá, estarei eu.
[escrita para um amor indo embora e ficando em meu coração.]
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