Thaís Fontenele

Escrevo poesia, porque de nada o mundo tá cheio e eu apenas ressignifico os nadas.

Parnaíba, Piauí
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Vivência poética

A terra fria encima de mim, 
meu tecido em contraposição a um canto escuro, 
meu corpo avista seres perdidos, todos ali, 
sinto minha garganta invadida por palavras
o verbo fecundando-me toda manhã, 
o útero rasgando a extensão do meu corpo, 
minha mente amarrada num foguete perdido no espaço, 
meu suspiro quando o verso me aniquila o peito, 
meu suspiro quando o verso me bombardeia as mãos, 
o papel recebendo-me nos seios, 
a democracia das almas que vivem dentro de mim 
percorrendo a linha tênue que faz-me ser poeta. 
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